Os trabalhadores terceirizados da MAXTEC, responsáveis pelos serviços de limpeza em hospitais e postos de saúde do município de São Luís, enfrentam uma situação preocupante com os recorrentes atrasos de salários. Na última segunda-feira (20), os agentes de limpeza do Hospital Dr. Clementino Moura (Socorrão II) realizaram uma Paralisação de Advertência para reivindicar esses direitos.
Ao todo são 370 trabalhadores que desempenham funções de limpeza em hospitais e unidades básicas de saúde. No Socorrão II, aproximadamente 90 trabalhadores interromperam suas atividades devido à falta de pagamento. O Sindicato dos Trabalhadores de Asseio e Conservação de São Luís (SEEAC/SLZ) liderou a paralisação buscando fortalecer a causa dos trabalhadores.
Maxwell Bezerra, presidente da SEEAC, expressou sua indignação com a situação: “Deixar os funcionários da limpeza hospitalar por quase 2 meses sem receber é uma falta de responsabilidade e compromisso deste governo municipal. O prefeito Braide ignorou completamente essa categoria.”
Segundo o sindicato, a MAXTEC, empresa responsável pela contratação desses trabalhadores, está há cinco meses sem receber recursos da Prefeitura de São Luís. Existe o temor de um colapso financeiro iminente, pois a MAXTEC pode não conseguir arcar com pagamentos futuros devido ao atraso nos repasses municipais.
O prefeito Braide é criticado por sua inação diante da situação dos trabalhadores, revelando uma gestão municipal irresponsável. A pergunta é: como um órgão municipal pode deixar de remunerar uma empresa terceirizada por cinco meses, prejudicando os trabalhadores que sustentam suas famílias?
Em uma tentativa de solução do impasse, Maxwell Bezerra, acompanhado do diretor Ribamar de Brito e do advogado Raoni Prazeres, participou de uma reunião com o secretário Municipal de Saúde, Dr. Joel Nunes. Após algumas horas de negociação, uma data de pagamento aos trabalhadores foi definida, demonstrando que a persistência e a resistência do sindicato foram bem-sucedidas na negociação.